David Buckingham |
Não é novidade, mas não deixa de ser chocante: nos países mais urbanizados (o que inclui o Brasil), crianças e jovens veem mais horas de TV do que de aulas. Se somarmos o tempo dedicado a outros meios de comunicação - internet, rádio, revistas e videogames -, o consumo de mídia na infância e adolescência só perde para o período de sono. Por isso, a importância de debater o assunto na escola é evidente. Para muitos professores, essa tarefa resume-se a alertar a turma sobre os perigos: a TV manipula, a publicidade estimula valores vazios, a internet está cheia de predadores sexuais. Pode não ser a melhor saída. "Essa atuação parte do princípio de que as crianças são vítimas passivas da influência dos meios de comunicação, o que não costuma ocorrer", afirma o britânico David Buckingham, diretor do Centro para o Estudo das Crianças, Juventude e Mídia na Universidade de Londres. Autor de 24 livros (apenas um deles publicado no Brasil) e com 30 anos de experiência na docência e na formação, o especialista defende que o trabalho deve estar focado no questionamento e na reflexão para preparar os jovens a fazer escolhas conscientes, tanto como consumidores (interpretando e julgando o que leem e assistem) quanto como produtores de mídia (usando as tecnologias para expressar seus pontos de vista). De seu escritório, em Londres, Buckingham concedeu a NOVA ESCOLA a seguinte entrevista.
David Buckingham fala sobre Educação para as mídias | Formação | Nova Escola
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