terça-feira, 12 de abril de 2011

A Pequena Sereia em cordel


Vou contar uma história
Você vai se amarrar
Ela nos mostra os encantos
Que vem do fundo do mar
Chamo-me Sírlia Lima
Sou poeta popular

Havia um respeitado Rei
Que se chamava Tritão
Observava um concerto
Feito na imensidão
O organizador era
O caranguejo Sebastião

O Rei todo orgulhoso
Não cansava de olhar
Afinal as seis filhas
Viviam a cantar
Ariel era sétima filha
Que iria estrear

O público encantado
Esperou aquele dia
Para ouvir a voz de Ariel
Com muita diplomacia
Mas quando foi anunciada
A concha estava vazia

O Rei tomou um susto
Na hora da apresentação
Ninguém contava que fosse
Haver desaparição
Todos ficaram aflitos
Bem no meio do salão

Ariel havia saído
Com o amigo  Linguado
Para explorar um navio
Que havia afundado
Gostava de juntar pertences
Que no mar tem encontrado

Ariel não gostava da calda
Queria ser como gente
Sonhava em ter duas pernas
Achava-se diferente
O desejo de ser humana
Perturbava sua mente

Certo dia avistou
Um navio flutuando
Não pensou duas vezes
Foi até ele nadando
Avistou o Príncipe Eric
Foi logo se apaixonando

Uma enorme tempestade
Não demorou a chegar
O príncipe então
Começou a lutar
Porém fora lançado
Para o fundo do mar

Ariel nadou bastante
Nas profundezas do mar
O seu amado príncipe
Teria que salvar
O canto de Ariel
Fez Eric acordar

Ariel para casa
Começou a retornar
Seu pai contra os humanos
Vivia a lhe alertar
Ariel, no entanto
Não queria acreditar

Linguado lhe mostrou
Um tesouro especial
Que tivera encontrado
Num passeio trivial
Tinha a estátua de Erick
Ela achou sensacional

Mas o Rei Tritão
O tesouro descobriu
Não ficou satisfeito
E a tudo destruiu
Ele estava tão zangado
Como nunca se viu

Bem perto dali
A bruxa tinha visão
Queria roubar o poder
Do temente Rei Tritão
Queria usar Ariel
Para fazer a armação

Úrsula era a bruxa
Rainha da enganação
Maldade era com ela
Não tinha contemplação
Não livrava ninguém
Não tinha coração

Úrsula fez uma proposta
A sereia Ariel
Dê-me a sua voz
E eu lhe serei bem fiel
Eu a transformo em gente
Não serei tão cruel

Mesmo assim a bruxa
Veio lhe avisar
Em pessoa humana
Eu vou lhe transformar
Dentro de três dias
Um príncipe terá que a beijar

Ou voltas a ser sereia
E ainda vou te escravizar
E sem a sua voz
Para sempre irá ficar
Esse será o preço
Que você irá pagar

O jogo de Úrsula
Ariel aceitou
E em pessoa humana
A bruxa lhe transformou
Já em terra firme
Ao príncipe reencontrou

O príncipe pensativo
Estava preocupado
Onde estaria a mulher
Que tinha lhe apaixonado?
Não sabia que era aquela
Que estava ao seu lado

Quando Ariel se aproximou
Eric queria ouvir a sua voz
Ariel tomou um susto

E correu muito veloz
Se sentindo impotente
Úrsula era seu algoz

O príncipe ansioso
Foi com ela falar
Ariel sem voz
Não podia revelar
Que precisava de um beijo
Para não se escravizar

Sem saber que era Ariel
Foi o seu reino mostrar
Sem trocar palavras
Começaram a dançar
Não demorou muito
Para ele se apaixonar

A bruxa percebeu
E quis logo atrapalhar
Usou a voz de Ariel
Que estava no colar
Numa concha dourada
Para ao príncipe enganar

Reconhecendo aquela voz
Quis o príncipe casar
Pensando ser Ariel
A moça que foi lhe salvar
Naquela tempestade
Tirando-o do fundo do mar

Os amigos de Ariel
Sebastião e Linguado
Avisaram ao príncipe
Que ele estava Enganado
Que a voz da princesa
Alguém tinha seqüestrado

Que bom que o príncipe
Fora logo avisado
Somente assim Ariel
Pode ter recuperado
A sua linda voz
Pois sofrera um bocado

Voltou a ser sereia
O que sempre foi enfim
Devemos ser nós mesmos
A vida é assim
Seja sereia ou gente
Não devemos ser ruim

Mesmo sendo sereia
O Rei atendeu ao pedido
Transformou Ariel em gente
Teve o sonho concedido
Casou-se com Eric
Tudo ficou resolvido

Foram felizes para sempre
E a todos foram alegrar
Das criaturas da terra
Aos peixes do mar
Venho aqui me despedir
Outra história vou contar


Sírlia Lima

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